segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Filas: Teste de paciência


Até hoje eu não encontrei alguém que tenha prazer de enfrentar uma fila. É preciso enfrentá-la em diversas situações, é claro. Porém, em algumas, vejo que salta em meus nervos uma vontade de explodir e sair correndo, ou pedir para que a fila ande mais rápido, ou mesmo furar uma fila. Mas a vontade não pode estar atrelada sempre à ação, senão sairemos cometendo atos de absoluta falta de respeito, ferindo a ética e os bons costumes.
Neste fim de semana, tive uma aula de filas. Eu e minha esposa resolvemos curtir o show de uma banda que gostamos muito. Pegamos um voo e fomos. Chegando ao local, a (des)organização do evento que contava com cerca de 30 mil pessoas, disponibilizou apenas uma entrada para o público. Uma fila enorme se formou e sem exagero, algo em torno de umas 1 ou 2 mil pessoas estavam na fila que deveria ter cerca de uns 3km ou mais. Fiquei pensando, onde estamos? Por que as pessoas nesse país não tentam fazer a coisa certa, com um pouco mais de organização e respeito? PQP! Desculpe-me pelo xingamento, mas na hora eu xinguei. Observei que de certa forma, a grande maioria respeita a fila e tem um mínimo de senso de coletividade, se é que posso pensar assim. O público entrou, imagino que sem incidentes e as coisas deram certo.
Na volta para casa, milhares de pessoas querendo transporte, táxi, principalmente. Aí, meu amigo, não há fila! Cada um por si e a parte mais egoista, animal e sem inteligência começa aparecer. Quem quiser que seja mais esperto que o outro.
Novamente no aeroporto, vejo uma fila inacreditável para entrar na sala de embarque. Uma fila que jamais vi naquele local que tanto já passei. Uma fila que preenchia o saguão do aeroporto. Eu perguntei para minha esposa: O que está acontecendo?

***
Por que eu estou comentando isso? Ah, esse é um blog de bipolares dia a dia! Ou seja, aconteceu, sua reação pode ser adversa, ou não. Depende de como você está lidando com o seu transtorno, ou como diz minha psicóloga, adoecimento.
Quando eu ainda não sabia muito bem o que eu tinha com relação a minha saúde, ou fragilidade mental, em uma fila dessas, todos os sons externos começavam a me invadir. Aquilo me irritava de tal maneira que eu tinha vontade de sair gritando. Eu sentia que poderia ter um dia de fúria, como no filme. Aquilo me incomodava muito. Eu sofria com aquela sensação. A inquietude, o calor, a impaciência, irritabilidade...
Saber do meu transtorno me fez enxergar o que me incomoda e ainda me dá ferramentas para poder enfrentá-lo. O pior inimigo é aquele que a gente não vê.

4 comentários:

  1. Muito bom o blog.Compreendo perfeitamente a situação. A paciência tb não é o meu forte. Mas é de facto muito bom conhecer as nossas fragilidades.

    Felicidades.

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  2. Fila... Hora do almoço... Você sabe...

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